Entre as cores do mundo escolhi a cinza para dar o tom refinado, o tom certo aos olhos e a perfeita sutileza de fixarem o olhar que produzem pensamentos curtos.
Tentei traduzir minha alma algumas vezes e em todas elas existem partes que desconheço seu verdadeiro significado, talvez aprender sumério fosse mais fácil.
Insisti em entregar-te à imensidão do mar e ele devolvia-me a cada tentativa emitindo seu som, que chegava a mim com singela brisa dizendo que em si já carregava sua própria beleza e seus próprios temores.
Cheguei até o deserto, seus fragmentos ao vento não me deixavam ver, tinha a escolha de entrar de olhos fechados e enfrentar a solidão que em si a tinha encontrado.
“Mas não somos todos estrelas perdidas
Tentando iluminar o escuro?
Quem somos nós?
Apenas uma partícula de poeira dentro da galáxia
O que sou eu?” (Lost Stars – Adam Levine)
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Foto: Olivier Valsecchi |
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