Mais uma vez a dor passou, ela sempre passa; no instante em que me vi no meio da avenida entre os carros percebi que logo acabaria, o medo seria passageiro e os sinais logo fechariam, mas não consegui, em plena movimentação vi que seria fatídico o encontro com que findaria a luz.
Entrei no ressinto como se estivesse em câmera lenta, com um olhar fulminante comecei a fitar os olhos de desejo, aquele que já esteve com o olhar perdido na avenida hoje faz suas escolhas, talvez tenha renascido, talvez aprendido a surpreender. As luzes em ritmo acelerado seguia o ritmo de suas vontades, em suas mãos fluía o que as palavras não conseguiriam explicar, sua boca ficou explicita numa leve aproximação, e de tudo o que poderia pensar e fazer, sabia o que queria.
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Cena do filme: "Ela dança, eu danço 3" |
Tomados pelo suor, uma sensação de estase e ritmo.. uma dança, um laço de seu corpo, um som que se estima, que se busca e prova-se. Poderiam parar o tempo, mas que não parassem o movimento, quase um ritual que se consagra pelos instintos e seriam estes os determinantes.
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